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Numa região do Brasil, vários pacientes, realizaram hemodiálise, em duas clínicas diferentes, mas da mesma região,  durante fevereiro de 1996. [14]
 
Posteriormente: [14]
 
  • Apresentaram sintomas como náuseas, vómitos e perturbações visuais
  • 81% dos 124 pacientes sofreram falência hepática aguda
  • 50 morreram
 
Chegou-se à conclusão que não havia um tratamento da água adequado, estando esta água rica em microcistinas que acabaram por prejudicar a saúde dos pacientes em contacto com a mesma. [14]
 
Este caso evidencia a vulnerabilidade do fígado a substâncias tóxicas, independentemente da via de administração. 
Devido ao aporte sanguíneo tanto da veia porta como da artéria hepática, o fígado pode ter quantidades apreciáveis de substâncias tóxicas provenientes da circulação sistémica. [14, 21]
 
 
 
 
Em 1996, alguns pacientes a realizar diálise, em Portugal, ficaram intoxicados depois de uma contaminação da água utilizada por microcistinas.  [22]
Alguns militares realizavam exercícios num lago, que consistia em atravessá-lo várias vezes de um lado ao outro e também mergulhos. [2]
 
10 dos militares apresentaram sintomas como: [2]
 
  • Dor abdominal, náuseas, vómitos, diarreia, garganta inflamada, aparecimento de bolhas na cara e dor de cabeça.
  • 2 foram hospitalizados com pneumonia, que se associou à aspiração de água contaminada.
  • Nos casos mais severos as enzimas hepáticas encontravam-se muito elevadas indicando hepatotoxicidade.
 
Estudos posteriores revelaram que a responsável pela intoxicação foi a Microcistina-LR. [2]
Em 2005, verificou-se que algumas das principais espécies de peixes oceânicos estavam a reduzir drasticamente a sua abundância no Estuário de São Francisco (EUA). O primeiro registo de microcistinas neste estuário foi apenas verificado um ano antes de começar a reduzir o número de peixe, sendo apontado inicialmente como um possível fator desencadeante. [20]
 
Após alguns estudos realizados neste estuário observou-se que os peixes depois de um contacto continuado com a água rica em microcistinas apresentavam principalmente: [20]
  • Dano hepático
  • Dano nas gónadas (fêmeas)
  • Perda significativa de peso e massa muscular
 
Comprovou-se assim a existência de um efeito tóxico para estes animais. [20]
 
No Zimbabwe, um pediatra reparou que as crianças que consumiam água de um reservatório municipal desenvolveram gastroenterite aguda no outono. [2]
 
Esta água estava contaminada com Microcystis que se desenvolveram durante o verão mas que apenas no outono sofreram rutura e libertaram as suas toxinas responsáveis pela toxicidade. Outros reservatórios da zona sem contaminação, não causaram quaisquer efeitos. [2]
No Brasil, 2000 pessoas recorreram ao hospital depois de ingerir água de uma barragem contendo água contaminada com elevadas concentrações de Microcystis resultando em 88 mortes. Os investigadores consideraram as microcistinas como causa provavel deste acontecimento especialmente porque afetaram utilizadores que ferveram a água. [2]
 
As microcistinas não são destruídas fervendo a água,
visto que são resistentes a altas temperaturas. [2]

Casos de Exposição a Microcistinas

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