
Microcistinas
Uma ameaça aquática

Cianobactérias
As cianobactérias (conhecidas como algas azuis) pertencem ao reino Monera (procariota), divisão Eubacteria, classe Cyanobacteria. São um grupo ancestral e diversificado que engloba organismos microscópicos de distribuição ubíqua, essencialmente em ambientes marinhos ou águas doces. [3, 4]


Em relação aos seres procariotas, as cianobactérias são os únicos com características idênticas às algas, tais como, a presença de parede celular, pigmentos celulares e capacidades fotossintéticas. Para além disto, algumas espécies têm a aptidão acrescida de fixar o azoto atmosférico e de resistir por longos períodos na ausência de luz, sobrevivendo de um modo heterotrófico. [3, 4, 5]

O aumento da população humana e consequentemente da intensificação da produção agrícola e industrial, juntamente com uma deficiente gestão da água têm contribuído para o aumento da eutrofização em águas superficiais usadas com fins recreativos e como fontes de água potável. Diversas condições ambientais têm levado a esta situação, nomeadamente, a temperatura mais elevada e os valores de pH, turbulência e altos níveis de nutrientes (em particular de fósforo (P) e azoto (N)) que estimulam o desenvolvimento destes organismos, levando à sua aglomeração. [6]

As cianobactérias existem um pouco por todo o mundo, em ambientes diversos como superfícies vulcânicas ou solos da Antártida, normalmente onde outra vegetação não existe. [2]
As cianobactérias são consideradas os organismos responsáveis pela acumulação de oxigénio na atmosfera terrestre, nos primórdios da existência. [2]
O nome deve-se ao facto de possuírem um pigmento, a ficocianina, que lhes dá um aspeto azul esverdeado. [2]
Nem todas as cianobactérias são tóxicas [2]