
Microcistinas
Uma ameaça aquática

Absorção, distribuição, metabolização e excreção

Existem poucos estudos realizados em humanos para avaliar a absorção, distribuição, metabolismo e excreção de microcistinas.
As microcistinas apresentam uma elevada estabilidade química, quer em termos de temperatura quer em termos de pH, resistindo a condições extremas. Aliás, são resistentes ao pH do estômago e não sofrem a acção das peptidases gástricas, sendo absorvidas intactas ao nível do duodeno e tendo como órgão-alvo principal de acumulação, o fígado, e a sua deteção no soro dos indivíduos até dois meses ou mais após a exposição. Quanto ao seu metabolismo pouco se sabe acerca dos seus intermediários ou produtos, mas o mecanismo proposto é a conjugação com o grupo tiol da glutationa que pode ser excretado ou processado a um conjugado com a cisteína e posteriormente excretado. Quanto à sua excreção, ocorre em menor extensão via renal e algumas evidências apontam para uma excreção biliar e principalmente excreção nas fezes.[2]
Esquema representativo dos fenómenos de ADME da microcistina-LR.
(Retirado de [24]).