
Microcistinas
Uma ameaça aquática
Na China, área onde o hepatocarcinoma é muito frequente, foram realizados alguns estudos acerca de cancro hepático e um sobre cancro colorretal que mostraram maiores taxas de incidência na população que usava água da superfície como a existente em lagoas, em vez de água de poços, sendo que as concentrações de microcistinas na água de superfície eram notórias revelando uma possível correlação entre o aparecimento de cancro e consumo de água contaminada com microcistinas. No entanto outros contaminantes carcinogénicos também podiam estar presentes o que tornou difícil estabelecer esta relação.[2]
Novos estudos onde foram administradas injeções de microcistinas em ratinhos evidenciaram a formação de tumores. [2]
A microcistina LR é classificada como possivelmente carcinogénica para humanos (Grupo 2B). [2]
O mecanismo de formação de tumores não é totalmente claro, mas aparentemente também está relacionado com a inibição das fosfatases, que provocam:
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hiperfosforilação de várias proteínas como por exemplo fosfoproteína nuclear p53 importante no controlo do ciclo celular e apoptose [23]
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desregulação do ciclo celular [23]
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estimulação da expressão genética, divisão celular e apoptose [2]
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aumento de espécies reativas de oxigénio e consequente stress oxidativo[23]
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inibição mecanismos de reparação do DNA [23]
levando a danos no DNA que podem desencadear o aparecimento de tumores.


Carcinogénese
