
Microcistinas
Uma ameaça aquática
Devido aos efeitos rápidos e irreversíveis que as microcistinas causam no fígado, o seu tratamento e profilaxia não é fácil [13].
Para o tratamento pode recorrer-se a uma lavagem gástrica e terapia de suporte. Em 2003 estudos realizados com o antioxidante vitamina E mostraram alguma proteção contra a exposição crónica a microcistinas. [6] Foram realizados estudos na tentativa de encontrar um anticorpo monoclonal que funcionasse como antídoto para intoxicações por microcistina-LR ou usando fármacos que bloqueiem a entrada das microcistinas para os hepatócitos como o imunossupressor ciclosporina A, o antibiótico rifampicina e silimarina, demonstrando eficácia de 100% no tratamento de ratinhos [15]. O primeiro caso de sucesso de tratamento de um cão ocorreu em 2010 devido à administração por via oral de colestiramina acompanhada de terapia de suporte [16].
Os sintomas podem ser muito variados e dependentes da via de exposição a microcistinas. Destacam-se as náuseas, vómitos, diarreia, palidez e fraqueza. A morte parece ocorrer devido ao choque hemorrágico devido à rápida hemorragia que ocorre no fígado e pode ocorrer algumas horas após exposição a elevadas concentrações [13].
Não foram descritas mortes devido à ingestão ou inalação de microcistinas em humanos, mas sim quando a via de exposição é intravenosa, como ocorre na hemodiálise [14].



Exposição Humana
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Nunca beber água contaminada visivelmente com algas;
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Não deixar as crianças a brincar em águas visivelmente contaminadas;
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Seguir as indicações e sinalizações na área;
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Se suspeitar de alguma contaminação lavar as zonas do corpo afetadas e contactar um médico e, posteriormente alertar as autoridades. [2]
